Roma - a Cidade Eterna
- Lorena Mendes
- 5 de jan. de 2016
- 6 min de leitura
Atualizado: 2 de fev. de 2020

Não é de hoje que a capital italiana é um destino que atrai tanto turistas quanto historiadores e beatos. A cidade que abriga o Vaticano e onde é possível ver cenários importantes história mundial é um daqueles lugares em que uma simples caminhada pelas ruas, apreciando o harmonioso contraste entre o passado e o presente, já dá a sensação de que a viagem valeu a pena. Assim como a maioria dos grandes centros turísticos, Roma pede uma estadia de, pelo menos, 4 dias. É bem verdade que, diante de tantos atrativos, é improvável que você conheça tudo em uma viagem só, mas nesse período você consegue visitar os principais pontos turísticos com tranquilidade.
Dica #01 E para garantir essa "tranquilidade", a dica número 1 de Roma é: compre os ingressos antecipadamente pela internet. A fila para conhecer o Vaticano, por exemplo, é tão grande, que pode facilmente estragar seu dia. Além disso, a compra antecipada proporciona descontos em algumas atrações e entrada gratuita para outras. Dica #02
A segunda dica - aplicável a quase todas as viagens - é comprar um chip pré-pago para ter internet disponível a qualquer hora. Em Roma, há bem menos pontos de wi-fi grátis que em Paris ou Nova Iorque, por exemplo, e a conexão full time, além de permitir postagens nas redes sociais em tempo real, auxiliam bastante na hora de localizar algum restaurante próximo, checar distâncias e até calcular a melhor rota para a próxima atração. A Tim, a Wind e a Vedafone oferecem esse serviço. E por falar em rota, é sempre recomendado estudar o mapa da região e saber onde cada ponto de interesse se encontra. Visitar monumentos próximos em um mesmo dia otimiza a viagem e permite conhecer um número maior de atrações, cujas principais são as seguintes: Museus do Vaticano: o complexo abriga jardins, museus e galerias que contém importantes coleções de obras de arte. Além de aprecia-las, você também poderá conhecer a Capela Sistina, local onde se realiza o conclave para a escolha do novo Papa e que se tornou famoso por conter em sua abóbada os monumentais Afrescos de Michelangelo, que retratam cenas do Gênese (como a Criação de Adão). Não deixe de visitar também a Galeria dos Mapas, corredor que contém cerca de 40 mapas produzidos por Ignazio Danti, representando os Estados Papais, e as Salas de Rafael, onde é possível apreciar os filósofos Aristóteles, Platão, Diógenes e Sócrates retratados na obra A Escola de Atenas, de 1511. Basílica de São Pedro: envolta pelas colunas da Praça de São Pedro, o local de onde o Papa dá a benção aos domingos é uma das maiores basílicas papais do mundo. Em seu interior, há várias obras de arte a serem apreciadas gratuitamente pelos visitantes, sendo La Pietà, de Michelangelo, a mais famosa. É possível, também, visitar as tumbas dos papas, incluindo a de São Pedro e do Papa João Paulo II. Quem desejar subir na estonteante cúpula trabalhada por Michelangelo (e finalizada após sua morte), deverá adquirir o ingresso (há opção pela escada ou por elevador) na lateral da basílica. Mas atenção, não é permitida a entrada de pessoas com regatas ou blusas decotadas, assim como shorts, bermudas ou saias acima dos joelhos.

Castelo Sant'Angelo: também conhecido como Mausoléu de Adriano (O Imperador), o suntuoso castelo construído às margens do Rio Tibre já foi usado como edifício militar na época do Império Romano, como fortaleza dos papas no período medieval e como prisão na época dos movimentos para unificação da Itália. Atualmente, abriga o Museu Nacional de Roma e oferece uma incrível vista da cidade.
Coliseu: sem dúvida, este é um dos maiores ícones do Império Romano. O maior anfiteatro do mundo, construído nos anos 70 d.C. pelo Imperador Vespasiano, foi inaugurado por seu filho Tito em 80 d.C. e passou a ser utilizado para realizar combates de gladiadores, lutas de animais, execuções, batalhas navais, caçadas, etc. Caminhar pelas suas ruínas é fascinante e, ao que tudo indica, o passeio por uma das Sete Maravilhas do Mundo está com os dias contados. Já não é mais possível conhecer o subsolo e há comentários no sentido de que, em pouco tempo, as visitas serão suspensas.

Arco de Constantino e Monte Palatino: ali perto, entre o Coliseu e o Palatino, fica o Arco de Constantino, construído para comemorar a vitória de Constantino sobre Maxêncio na Batalha da Ponte Mílvio, 312 d.C. Logo depois, vê-se o Monte Palatino, uma das sete colinas de Roma e local em que, segundo a lenda, os gêmeos Rômulo e Remo, criados por uma loba, teriam convivido até que Rômulo matasse Remo e fundasse Roma.
Fórum Romano: localizado nas proximidades do Coliseu, o local abriga o que restou de um complexo construído por imperadores romanos para servir de centro da vida jurídica, política e econômica de Roma. Palco de diferentes atividades, incluindo discurso públicos e processos criminais, o local é repleto de história e proporciona bastante

Piazza Venezia: a caótica praça, onde motoristas e pedestres disputam pra ver quem vai passar primeiro, estão localizados o Palácio Veneza, de onde Mussolini fazia seus discursos fascistas e que já serviu de residência papal, e o majestoso Monumento a Vittorio Emanuele II, construído para homenagear o rei da Itália Unificada e que, atualmente, abriga o túmulo do soldado desconhecido (milite ignoto) e um museu com algumas armas e artefatos da 2ª Guerra Mundial. O local ainda proporciona uma vista de Roma de tirar o fôlego.
Fontana di Trevi: a mais famosa fonte de Roma foi inaugurada no século XVIII e permaneceu como uma simples fonte há até pouco tempo. Foi com as filmagens do filme La Dolce Vita, encenado por Anita Ekberg e Marcello Mastroianni, que esta passou a ser uma das fontes mais famosas do mundo, aparecendo também nofilme A Princesa e o Plebeu, com Audrey Hepburn. Tendo em destaque a figura do deus Netuno numa carruagem em forma de concha puxada por cavalos alados, a fonte também ficou conhecida pela tradição de se jogar uma moeda em suas águas como forma de garantir o retorno à Cidade Eterna.

Pantheon: o antigo templo, reconstruído pelo Imperador Adriano, é dedicado a todos deuses romanos e guarda tumbas de importantes personagens da história da Itália como os reis Vittorio Emanuele II e Humberto, a Rainha Margherita e o “Príncipe dos Pintores”, Raffaello Sanzio. O local, transformado em igreja com a cristianização de Roma, possui uma varanda composta por oito colunas de granito cinza e uma grande cúpula aberta por onde entram ar, luz natural e de chuva (rs). Mas apesar de ser uma obra de dois milênios de idade, o local conta com um perfeito sistema de drenagem.

Piazza di Spagna (Trinità dei Monti): a vibrante praça, sempre repleta de visitantes, abriga a bela Fontana della Barcaccia aos pés da escadaria - inaugurada pelo Papa Bento XIII, em 1725, por ocasião do Jubileu - que leva à igreja Trinità dei Monti. Se tiver tempo, não deixe de conferir também: Piazza Navona: essa belíssima praça, além de abrigar a sede da embaixada brasileira na Itália no palácio Pamphilj, também possui diversos cafés, restaurantes e artistas expondo e vendendo seus trabalhos. A combinação de suas fontes, como a Fontana dei Quattro Fiumi com o obelisco ao centro, e suas agradáveis igrejas, como Sant'Agnese, completam o cenário desta praça que vale a pena ser visitada. Piazza del Popolo: a Praça do Povo, em tradução literal, é uma das mais importantes praças de Roma e impressiona pela quantidade de elementos que abriga. Nela encontram-se a igreja Santa Maria del Popolo, situada ao lado da Porta del Popolo (local onde Nero morreu e foi sepultado), e as igrejas "gêmeas" Santa Maria in Montesanto e Santa Maria dei Miracoli ao lado oposto da praça. Além das três igrejas, a praça também possui a Fontana della Dea di Roma de um lado e Fontana del Nettuno do outro. Para completar, no centro da praça encontra-se o Obelisco Flaminio, trazido do Egito para Roma pelo imperador Otaviano Augusto, circundado por 4 leões de mármore. Bocca della Verità: localizada à esquerda da Basílica de Santa Maria in Cosmedin, a máscara de mármore com a boca aberta tornou-se destino dos visitantes de Roma em virtude da lenda de que, na Idade Média, a pedra redonda em forma de máscara era usada pelos maridos para saberem se suas esposas lhes eram fiéis ou não: elas deveriam colocar uma das mãos dentro da Bocca della Verità e, se estivessem mentindo para seus maridos, teriam a mão decepada por uma mordida. Circo Máximo: não restou muita coisa do que foi o maior circo romano. Nele aconteciam festivais, grandes corridas de bigas e combates entre gladiadores e animais, mas atualmente há apenas um grande círculo oval e vazio com alguns vestígios de construção antiga. E se você separou muitos locais pra visitar em um dia só e acha que vai ficar cansado, aproveite para alugar uma vespa e conhecer a cidade motorizado! A experiência é super divertida e, na maioria das lojas, basta apresentar CNH (tipo B para scooter de até 125cc e tipo A para scooter de 250/300cc, conforme a normativa europeia) e um cartão de crédito para caução (que também pode ser em espécie) para sair pilotando sua motoca!!!
Foto: Arquivo pessoal
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